Segurança na preparação de medicação endovenosa: revisão de literatura
Código: SS-312
- Data: 03/02/2025 00:00:00
Resumo:
Um dos grandes desafios globais na atualidade é a criação de sistemas de saúde mais seguros. A cultura de segurança nas instituições tem um papel fundamental na promoção de práticas mais seguras. Neste contexto, um dos desafios é a administração de medicação sem dano, onde as instituições de saúde devem implementar práticas seguras na preparação e administração da medicação endovenosa. Os riscos relacionados com a preparação e administração de medicação endovenosa são multifatoriais devido aos vários intervenientes no circuito do medicamento e nos seus processos, sendo que, no momento da preparação e administração, o enfermeiro assume a responsabilidade deste ato. A questão norteadora desta revisão foi “Quais os principais fatores que contribuem para a existência de erros associados à medicação endovenosa?”. Realizou-se a pesquisa nas bases de dados CINAHL, MEDLINE, COCHRANE, PubMed, BVS, LILACS e SCIELO. No final do processo de seleção e da aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão foram incluídos 26 artigos. Os profissionais revelam preocupação com a ocorrência destes erros devido às consequências que podem afetar o doente. A etapa de preparação de medicação é crítica, sendo os erros mais frequentes: medicação errada, tempo errado, diluição errada, dose errada. A utilização de medicação endovenosa está presente em diversos contextos, existindo fatores que favorecem o erro neste tipo de administração. Os fatores que levam à existência de erros na preparação e na administração da medicação endovenosa são vastos e estão presentes em todas as fases destes processos, podendo estar relacionados com aspetos intrínsecos, como a idade e a experiência dos profissionais, ou aspetos organizacionais, como o excesso de carga de trabalho e inexistência de protocolos. A criação de uma cultura de segurança através da educação e formação dos profissionais melhora a segurança dos cuidados oferecidos aos doentes.
Inês Cachaço
ULS Santa Maria, Lisboa
Carolina Romão
ULS Santa Maria, Lisboa
Beatriz Ferreira
ULS Santa Maria, Lisboa
Catarina Duran
ULS Santa Maria, Lisboa
José Freitas
ULS Santa Maria, Lisboa