As infeções associadas aos cuidados de saúde representam um problema global de saúde pública, com impacto na morbilidade, mortalidade e custos. A maioria são evitáveis através da implementação de práticas eficazes de prevenção e controlo de infeção que organismos nacionais e internacionais têm promovido com base na evidência científica. Neste cenário, as ferramentas digitais surgem como recursos cruciais, assegurando a segurança do doente e a eficiência dos serviços de saúde. Este estudo tem como objetivo identificar na evidência científica atual quais os contributos das ferramentas digitais na prevenção e controlo da infeção hospitalar. Trata-se de uma revisão da literatura e para responder ao objetivo proposto, recorremos às bases de dados CINAHL Complete, MEDLINE Complete, Nursing Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Pubmed e RCAAP, com descritores MeSH. Adicionalmente, recorremos à literatura cinzenta, nomeadamente a dissertações de mestrados, teses de doutoramento e guidelines. Esta revisão engloba estudos com os seguintes critérios de inclusão: estudos que incluem os contributos das ferramentas digitais na prevenção e controlo da infeção hospitalar, publicados entre outubro de 2015 e outubro de 2024, restritos à língua portuguesa e inglesa e dirigidos apenas à população adulta. Os dados obtidos foram sintetizados através da elaboração de um diagrama PRISMA. Os resultados evidenciam que as ferramentas digitais, com recurso a algoritmos preditivos e sistemas automatizados, melhoram a deteção e prevenção de infeções, mas a sua eficácia depende de regulamentação e formação dos profissionais de saúde.