As barreiras linguísticas são um problema na prestação de cuidados de saúde, podendo colocar em causa a segurança dos doentes. Como barreiras linguísticas, observam-se idiomas diferentes, língua gestual ou recurso ao braille.Urge dinamizar estratégias para que os profissionais de saúde consigam ultrapassar estas barreiras no sentido da otimização dos cuidados de saúde e da melhoria da acessibilidade aos mesmos. Foi efetuada uma revisão da literatura tendo como objetivos analisar em que medida as limitações linguísticas põem em causa a segurança do doente e identificar as diferentes estratégias adotadas pelos profissionais de saúde na prestação de cuidados a estas pessoas. A pesquisa foi realizada em dezembro de 2022, usando bases de dados científicas, incluindo estudos com pessoas com barreiras linguísticas (participantes), em cuidados de saúde (contexto) e em que poderá estar em causa a segurança do doente (conceito). A amostra final foi constituída por 13 artigos retratando a influência das barreiras linguísticas na segurança do doente em 14 países. Identificaram-se três subtemas: 1) Barreiras linguísticas, 2) Consequências para os profissionais de saúde e impacto na segurança do doente, 3) Estratégias para ultrapassar as barreiras linguísticas. As barreiras linguísticas têm efeitos negativos na relação entre os profissionais de saúde e o doente, colocando em causa a sua segurança. Esta situação tem conduzido à procura de estratégias para as ultrapassar. No entanto, nem todas são isentas de aspetos negativos e nem sempre são bem utilizadas pelos profissionais de forma a minimizar o impacto das barreiras linguísticas na segurança do doente.