ISSN 2183-4253
 
Intervenção do enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica no luto paterno na morte fetal e neonatal
Código: SS-281      
Resumo:
A gravidez é um período de expectativas, ilusões e sonhos de como será a nova realidade. Quando esta finda numa morte fetal ou neonatal, mães e pais são confrontados com momentos difíceis, um período de grande vulnerabilidade emocional e dor atroz. Para dar resposta a esta temática, formulámos a seguinte questão: “Quais as intervenções do enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica (EESMO) que facilitam o luto paterno no contexto de morte fetal ou neonatal?”. Realizou-se pesquisa em bases de dados (Scielo, RCAAP, Medline Complete, CINAHL Complete e BioMed Central) com a seguinte equação de pesquisa {(Natimorto OR Morte Fetal OR Morte Perinatal) AND (Pai OR Masculino) AND (Luto)}. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 14 artigos. A vivência do luto é uma experiência complexa, deve ser encarada com sensibilidade. A intervenção do EESMO deve-se basear em estratégias como linguagem adequada, reconhecer a dor, oferecer apoio e intervir junto do pai durante o processo de luto, enquanto indivíduo e não exclusivamente como parceiro da grávida. Estas estratégias devem ser fundamentadas nos fatores que influenciam o luto paterno com base num modelo socioecológico e as estratégias comunicacionais, de acordo com o Protocolo SPIKES. A intervenção deve começar pela escolha de um local que permita uma intervenção individualizada, seguindo-se a apreciação da tomada de consciência e prontidão para receber informação. Deve ser transmitida informação clara, validando a sua compreensão, demonstrando empatia perante a má notícia e investindo na redução da ansiedade paterna, definindo um plano futuro.
Lista de Autores
Elisa Ferreira
Mariana Fernandes
Ana Rita Silva
Maria Maceiras