Relação entre o plano de reabilitação na prótese total da anca (PTA) e a abordagem cirúrgica: aplicação do Método de Delphi
Código: SS-238
- Data: 18/05/2020 00:00:00
Resumo:
Em Portugal são colocadas mais de 6000 próteses por ano, na faixa etária dos 60 aos 75 anos.
Descrevem-se na literatura diversos modelos de abordagem cirúrgica - a anterior, a ântero-lateral, a lateral, a posterior e, ultimamente, a abordagem minimamente invasiva ou anterior direta. Tendo em conta as diferenças de cada abordagem e a controvérsia de informação que subsiste sobre a reabilitação nas situações de implantação da prótese total da anca, o objetivo deste estudo centra-se na obtenção de um consenso, através do Método de Delphi, sobre a necessidade de se elaborar um protocolo de reabilitação, de acordo com a abordagem cirúrgica realizada.
O painel de Delphi foi constituído por 8 Especialistas - 5 fisioterapeutas e 3 ortopedistas. Para a recolha dos dados foram efetivadas três fases de questionários, tendo sido a primeira de carácter exploratório; a segunda a da utilização da Escala de Likert; e, por último, a terceira, a da elaboração de um questionário dicotómico.
Após a análise estatística dos dados, 100% dos inquiridos concordaram que seria relevante a elaboração de um protocolo específico de fisioterapia. Acerca do mesmo, 87,5% afirmaram que a fisioterapia deve ser iniciada nas primeiras 24h, e de igual forma acordaram sobre a necessidade de partilha de informação na equipa multidisciplinar, a fim de melhorar os cuidados prestados. Parte dos especialistas (75%) também concorda na importância de o protocolo conter informações sobre o processo cirúrgico.
Tendo-se obtido o consenso, no fim da terceira fase, depreende-se que a atualização e especificidade do protocolo de fisioterapia, na prótese total da anca, de acordo com a abordagem cirúrgica, traria benefícios no tratamento e reabilitação do utente.
Margarida da Silva Sousa
Escola Superior de Saúde Cruz Vermelha Portuguesa
João Casaca Carreira
ESSCVP
Joaquim Silveira Sérgio
ESSCVP