Embora os casos de COVID-19 sejam raros em crianças e adolescentes, desde 8 de dezembro de 2019, a literatura tem revelado contágios nestes grupos etários pelo agente desta pandemia. O número de doentes pediátricos notificados é pequeno neste momento, mas as crianças são vulneráveis à infeção. Deverá ser enfatizada a importância de aumentar a conscientização e reforçar medidas de controlo de infeção. Pretendemos sintetizar o conhecimento existente sobre o impacto da COVID-19 na saúde das crianças/adolescentes. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com recurso a diferentes bases de dados: CINAHL; MEDLINE e PUBMED. A revisão demonstrou que, até agora, uma das medidas de prevenção é o isolamento social. Uma situação de isolamento pode ser particularmente difícil para crianças pequenas. Podem sentir-se tristes, ansiosas, com medo, confusas com a alteração das rotinas diárias e com saudades dos amigos. Podem fazer mais “birras” e mostrar-se mais dependentes, irritáveis e terem dificuldade em adormecer. Reagimos de formas diferentes às situações, tendo em consideração quem somos e as nossas experiências passadas. Não existe uma forma “certa” de reagir. Apresentamos neste artigo algumas recomendações da forma de lidar com as crianças/adolescentes quando nos solicitam explicações sobre a COVID-19. As presentes recomendações visam facilitar a resposta dos pais e profissionais de saúde à COVID-19, proporcionado os melhores cuidados às crianças/adolescentes. Por fim, levantamos preocupações sobre as estratégias para minimizar o impacto do isolamento social das crianças e adolescentes.