O contributo do enfermeiro na decisão da equipa de saúde de não reanimação
Código: SS-201
- Data: 08/03/2018 00:00:00
Resumo:
A evolução da tecnologia e da ciência tem tornado possível o prolongamento da vida de uma Pessoa com doença irreversível e prognóstico reservado. Esta evolução traz o risco de aplicação de tratamentos desproporcionais, quando deixa de existir benefício para a pessoa.
Para evitar o risco de futilidade de tratamentos surge então a necessidade da criação de um novo termo, Decisão de Não Reanimação (DNR), que orienta os profissionais de saúde a não realizarem manobras de reanimação cardiorrespiratória, em cenários em que tal procedimento não constitui alteração ao rumo da doença, poupando assim a Pessoa a sofrimento desnecessário.
Devido às questões de fim de vida, surgem vários dilemas éticos entre os profissionais de saúde, onde os princípios bioéticos de Respeito pela Autonomia, Beneficência, Não-Maleficência e Justiça nem sempre são respeitados. O enfermeiro deve garantir que esses princípios e direitos da Pessoa sejam respeitados ao longo da vida, mas também no processo de morte.
Vários estudos comprovam que as perspetivas dos enfermeiros nas questões de fim de vida não são valorizadas. Denotam também a importância da participação do enfermeiro na tomada de decisões por serem os profissionais que estão na linha da frente, nos cuidados à pessoa em fim de vida.
Sendo a morte uma inevitabilidade e uma temática tão sensível, é importante refletir sobre o papel do enfermeiro na DNR, sendo o objetivo geral deste trabalho rever os últimos estudos associados ao contributo do enfermeiro na decisão de não reanimação da equipa de Saúde.
Maria Helena Assunção
ESSCVP
Maria Inês Ferreira
ESSCVP