A asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são doenças inflamatórias crónicas das vias aéreas, caracterizadas pela presença de obstrução brônquica. As características fisiopatológicas de cada uma destas patologias são responsáveis pelas diferenças nas respostas ao broncodilatador obtidas através das provas funcionais respiratórias. O diagnóstico diferencial entre asma e DPOC através da resposta ao broncodilatador é ainda controverso. A presente revisão de literatura teve como objetivo identificar as diferenças na resposta ao broncodilatador entre indivíduos asmáticos e indivíduos com DPOC, de modo a perceber de que forma este aspeto pode auxiliar na diferenciação entre as duas patologias. Verificou-se que existem autores que consideram que a resposta à terapêutica broncodilatadora (medida através de critérios espirométricos e pletismográficos) tem um papel preponderante para o diagnóstico diferencial entre asma e DPOC enquanto outras investigações não reconhecem a este aspeto a mesma importância. Apesar da valorização da magnitude da resposta ao broncodilatador ser controversa para o diagnóstico diferencial entre a asma e a DPOC, os resultados da presente investigação revelam que a sua quantificação é fundamental, quer para auxiliar na diferenciação entre as doenças quer para uma completa caracterização de cada uma destas.