Prevalência da automedicação em profissionais de saúde
Código: SS-179
- Data: 11/05/2017 00:00:00
Resumo:
A automedicação é uma prática cada vez mais habitual nos dias de hoje realizada pela população em geral. Os profissionais de saúde destacam-se em relação à restante população, por possuírem conhecimentos e acesso facilitado aos medicamentos, propiciando o recurso à automedicação. O objetivo deste estudo foi o de avaliar a prevalência da prática de automedicação realizada pelos profissionais de saúde da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda - Hospital Sousa Martins (HSM), Portugal.
Este estudo descritivo, observacional e transversal, foi realizado com recurso a questionários anónimos e confidenciais, aplicados aos profissionais de saúde da ULS da Guarda - HSM.
Dos 264 profissionais de saúde inquiridos, 74,6% praticam a automedicação, sendo a principal razão “Doenças/sintomas que não necessitam de intervenção médica” (30,9%). Verificou-se que 84,8% refere adquirir medicamentos sem receita médica. Os quadros clínicos mais frequentes, referidos pelos profissionais de saúde, são as dores de cabeça (17,1%) e as gripes/constipações (14,8%), e os medicamentos mais utilizados são os analgésicos (20,7%) e os anti-inflamatórios (17,5%).
A experiência profissional, conhecimentos e prática do dia-a-dia, dos profissionais de saúde, permitem que a automedicação seja praticada de forma responsável. No entanto a utilização de antibióticos e a aquisição de medicamentos nos serviços hospitalares poderão ter implicações éticas, financeiras e no âmbito da saúde pública.
Inês Pissarra
Centro de Investigação em Ciências da Saúde
Eugenia Gallardo
Centro de Investigação em Ciências da Saúde
Tiago Rosado
Centro de Investigação em Ciências da Saúde