ISSN 2183-4253
 
Prevalência da automedicação em profissionais de saúde
Código: SS-179      
Resumo:
A automedicação é uma prática cada vez mais habitual nos dias de hoje realizada pela população em geral. Os profissionais de saúde destacam-se em relação à restante população, por possuírem conhecimentos e acesso facilitado aos medicamentos, propiciando o recurso à automedicação. O objetivo deste estudo foi o de avaliar a prevalência da prática de automedicação realizada pelos profissionais de saúde da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda - Hospital Sousa Martins (HSM), Portugal. Este estudo descritivo, observacional e transversal, foi realizado com recurso a questionários anónimos e confidenciais, aplicados aos profissionais de saúde da ULS da Guarda - HSM. Dos 264 profissionais de saúde inquiridos, 74,6% praticam a automedicação, sendo a principal razão “Doenças/sintomas que não necessitam de intervenção médica” (30,9%). Verificou-se que 84,8% refere adquirir medicamentos sem receita médica. Os quadros clínicos mais frequentes, referidos pelos profissionais de saúde, são as dores de cabeça (17,1%) e as gripes/constipações (14,8%), e os medicamentos mais utilizados são os analgésicos (20,7%) e os anti-inflamatórios (17,5%). A experiência profissional, conhecimentos e prática do dia-a-dia, dos profissionais de saúde, permitem que a automedicação seja praticada de forma responsável. No entanto a utilização de antibióticos e a aquisição de medicamentos nos serviços hospitalares poderão ter implicações éticas, financeiras e no âmbito da saúde pública.
Lista de Autores
Inês Pissarra
Eugenia Gallardo
Tiago Rosado