Caracterização da resposta ao broncodilatador em indivíduos com DPOC
Código: SS-174
- Data: 27/01/2017 00:00:00
Resumo:
A realização da espirometria é fundamental para o diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) visto que a presença de uma relação FEV1/FVC (volume expiratório máximo no primeiro segundo/capacidade vital forçada) diminuída pós broncodilatação é sugestiva da presença desta patologia. Atualmente o critério de broncodilatação mais utilizado é o aumento de 12% e 200 mL no FEV1 e/ou FVC em relação ao basal. Todavia desde que este critério foi definido, não existe consenso na comunidade científica sobre se serão estes os parâmetros mais adequados ou os únicos a ter em consideração para a avaliação da resposta ao broncodilatador.
O objetivo deste artigo de revisão é caracterizar a resposta ao broncodilatador em indivíduos com DPOC mediante vários critérios de broncodilatação.
Através da análise da literatura verificou-se que existem outros critérios de broncodilatação que ao utilizarem cutoff points distintos permitem classificar um maior número de indivíduos como respondedores. Constatou-se que indivíduos classificados como não respondedores pelos parâmetros clássicos (FEV1 e FVC) podem ser classificados como respondedores pelos volumes pulmonares não mobilizáveis e pelas variáveis caracterizadoras da resistência das vias aéreas obtidas por pletismografia corporal total e por oscilometria de impulso.
Os critérios de broncodilatação usualmente considerados parecem ser redutores, pelo que seria importante a valorização disseminada de outros critérios de broncodilatação que incluam outras varáveis além das que são obtidas por espirometria para a avaliação da resposta broncodilatadora em indivíduos com DPOC.