Satisfação dos doentes portadores de CDI e CRT-D com seguimento remoto
Código: SS-143
- Data: 14/05/2015 00:00:00
Resumo:
Introdução: A monitorização remota (MR) apresenta diversas vantagens sendo uma delas o aumento do nível de satisfação dos doentes, utilizada como medida para avaliar os programas de seguimento remoto.
Objetivo: Avaliar a satisfação dos doentes portadores de CDI ou CRT-D que realizem consulta de monitorização/seguimento remoto.
Metodologia: Estudo observacional, descritivo e analítico com componente transversal. A recolha dos dados foi realizada telefonicamente, através da implementação de um questionário validado e adaptado aos objetivos do presente estudo durante o período compreendido entre 11 de março e 4 de abril de 2014. As questões foram essencialmente de resposta fechada, recaindo sobre a perceção e satisfação dos doentes com MR, como nova metodologia de consulta.
Resultados: A amostra contou com 54 inquiridos com um tempo médio de MR de 2.57 ± 1.63 anos. 50% dos doentes referiram estar satisfeitos e 38.9% muito satisfeitos com a consulta de MR, sendo que 34 (63%) prefere esta consulta. Para além disso, 31.5% classificam a qualidade como sendo melhor do que na consulta presencial, enquanto 51.9% a classifica como de igual qualidade. Quanto ao sentimento de segurança e confiança, estes estão presentes em 94.4% e 88.9% das respostas dos inquiridos, respetivamente. Por fim, 88.9% dos doentes continuaria, a longo prazo, com a consulta à distância.
Conclusão: A maioria dos doentes inquiridos responde estar satisfeita ou muito satisfeita com a consulta de MR. Quando comparada com a consulta presencial, a consulta à distância foi classificada como tendo uma qualidade igual ou superior/melhor. Existe uma enorme aceitação e preferência pelo novo sistema de MR, aliado à consulta presencial.
Rafael Pereira
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa; Hospital Garcia de Orta, E.P.E.;
Nuno Morujo
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa; Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.;
Nuno Raposo
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa; Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental – Hospital Santa Cruz;