ISSN 2183-4253
 
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA): um pesadelo para a saúde pública
Código: SS-88      
Resumo:
O primeiro isolado de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) surgiu no início da década de 1960. A notável capacidade para desenvolver resistência a múltiplas classes de antibióticos tornou o S. aureus num dos principais agentes patogénicos a nível mundial. Na Europa, a prevalência global de MRSA a nível hospitalar atinge os 24%, verificando-se diferenças significativas entre os diversos países: a prevalência é consistentemente mais baixa (< 5%) na Escandinávia e Holanda e mais elevada (> 25%) no Sul da Europa e Europa de Leste. Portugal permanece o único país europeu com uma taxa superior a 50%. Até à década de 1990, o MRSA manteve-se confinado ao ambiente nosocomial. No entanto, mais recentemente conquistou novos reservatórios disseminando estirpes altamente virulentas na comunidade e na pecuária. Apesar de a batalha estar longe de ser ganha, alguns países têm conseguido reduzir as taxas de MRSA através da implementação de políticas e programas rígidos de controlo de infeção. Estes distinguem-se pela existência de guidelines e respetiva atualização periódica, isolamento dos doentes MRSA positivos em quartos individuais, rastreio de doentes e profissionais de saúde e descolonização dos portadores.
Lista de Autores
Marta Aires de Sousa