O papel dos bancos de leite humano na alimentação de recém-nascidos prematuros e de baixo peso
Código: SS-53
- Data: 19/04/2011 00:00:00
Resumo:
A World Health Organization (WHO) e a United Nations Children’s Fund (UNICEF) recomendam a utilização de leite humano de outras fontes quando a mãe está impossibilitada de amamentar ou quando o recém-nascido (RN) não pode ser amamentado (WHO & UNICEF, 2003). Embora os bancos de leite humano (BLH) sejam indicados como alternativa para RN prematuros (American Academy of Pediatrics [AAP], 2005), em Neonatologia, esta premissa mantém-se em debate e tem encontrado alguma controvérsia no meio científico. Na última década, os aspetos mais relevantes sobre a utilização de leite humano, pasteurizado ou não, dizem respeito à sua composição, à influência na evolução ponderal de RN prematuros e RN de baixo peso e à incidência de perturbações e patologias gastrointestinais e de sépsis tardia nesta população. A literatura consultada entre janeiro e março de 2010, nas bases de dados Academic Search Complet (EBSCO), Elsevier - Science Direct, Web of Science (ISI) e PubMed, apresenta evidência científica que nos leva a refletir sobre os benefícios da utilização de leite humano, proveniente de mães doadoras para bancos de leite humano. São identificadas como áreas-chave, que carecem de investimento na obtenção de evidência científica consistente: a composição das fórmulas de leite especial para prematuros versus leite humano fortificado, métodos alternativos de processamento de leite humano e a monitorização e estandardização da composição do leite humano pasteurizado, bem como a monitorização bacteriológica do mesmo.
Nádia Rodrigues
Hospital Garcia de Orta - Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos
José Vilelas
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa