A criança portadora de traqueostomia e a sua família/cuidador, como utente pediátrico, pela sua complexidade, constituem um desafio para a equipa multidisciplinar. O seu processo de transição para o domicílio é difícil e apresenta diversos obstáculos a ultrapassar. A valorização do papel da família, a sua inclusão como membro da equipa de saúde e sua integração nos cuidados à criança, são elementos fundamentais ao êxito desse processo. O enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação assume um papel fulcral, habilitando, reabilitando e conferindo suporte ao desenvolvimento ou recuperação das competências necessárias para o desempenho das actividades de vida diária. A adopção de programas estruturados de preparação para a alta da família/cuidador, poderá ser a chave para alcançar o ambiente familiar com segurança e tranquilidade. O objectivo do presente artigo consiste em evidenciar a importância da aquisição de competências, por parte da família/cuidador da criança portadora de traqueostomia, na transição para o domicílio.