Introdução: As alterações decorrentes do processo de envelhecimento condicionam o desempenho dos idosos no exercício, que se assume como um dos meios mais importantes da intervenção em Fisioterapia nesta população, e no qual o treino de resistência se apresenta como um dos treinos mais comuns. Assim sendo, o objectivo do presente estudo consiste na identificação dos efeitos fisiológicos do treino de resistência em idosos sem patologia de base associada. Metodologia: Foram efectuadas pesquisas em sete recursos bibliográficos, utilizando como palavras-chave os termos “endurance training”, “aerobic training”, elderly e older, com posterior selecção dos artigos através dos critérios de inclusão e de exclusão. Resultados: Durante a pesquisa foram obtidos 1340 registos, tendo 14 artigos sido incluídos neste estudo. Destes, quatro incidiram nos efeitos a nível cardiovascular, dois no sistema músculo-esquelético, três no sistema endócrino, um no sistema imunitário e um a nível das adaptações no sistema respiratório. Os restantes três artigos abordavam os efeitos cardiovasculares associados a outros sistemas (metabólicos, músculo-esqueléticos e respiratórios). Conclusão: O treino de endurance apresenta benefícios importantes no consumo máximo de oxigénio, na função pulmonar, nos níveis de lipoproteínas plasmáticas e capacidade funcional, não tendo sido apresentados resultados significativos no sistema imunitário. No entanto, alguns efeitos podem ser potenciados através de um treino combinado com o treino de força, sendo que a cessação do treino pode reverter os ganhos obtidos.