As diversas populações e os sujeitos individualmente são diferentes quanto às medidas de determinados segmentos do seu corpo. Essas discrepâncias podem originar erros de interpretação dos resultados obtidos aquando da substituição da altura pela envergadura, nomeadamente nos valores previstos para a realização de provas de função respiratória. O objetivo deste trabalho consiste em identificar se existe influência da utilização da envergadura em detrimento da altura na abordagem clinica e funcional respiratória, em indivíduos com e sem patologia, através de uma revisão da literatura. A pesquisa bibliográfica foi realizada utilizando-se as bases de dados / motores de busca: PubMed, MEDLINE, Scielo e Google Scholar, tendo sido analisados 20 artigos. Verificou-se a existência de correlação entre a altura/envergadura e o género na raça caucasiana em ambos os sexos assim como em homens de raça negra, o mesmo não se verificando nas mulheres de raça negra. Quanto à correlação com a idade, verificou-se uma correlação forte nos grupos etários mais jovens e ausência de correlação em indivíduos idosos sem patologia, nos indivíduos com deformidades da parede torácica e nos doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Esta revisão identificou que a substituição da envergadura pela altura só deve ser realizada em grupos específicos, ou quando não seja possível a determinação da estatura pelo método convencional.