Resposta ao broncodilatador por critérios espirométricos e pletismográficos
Código: SS-58
- Data: 04/08/2011 00:00:00
Resumo:
Introdução: A melhoria do volume expiratório máximo no primeiro segundo (FEV1) e/ou da capacidade vital forçada (FVC) constitui, segundo as guidelines da American Thoracic Society e da European Respiratory Society, o principal fator de caracterização da resposta à terapêutica broncodilatadora. Contudo, muitos estudos têm sido desenvolvidos no sentido de avaliar a possível utilidade de outros parâmetros funcionais respiratórios na avaliação da resposta a este tipo de terapêutica.
O objetivo deste trabalho foi averiguar, através da análise da literatura, quais os parâmetros funcionais respiratórios que devem ser considerados para a avaliação da resposta ao broncodilatador e quais os que se correlacionam com os sintomas e a qualidade de vida dos indivíduos.
Metodologia: Foram pesquisados artigos nas fontes de informação PubMed que contivessem a combinação das expressões bronchodilator, reversibility, plethysmography e spirometry. A pesquisa bibliográfica decorreu entre os dias 13 e 21 de novembro de 2010.
Conclusões: Tendo em conta os estudos analisados, foi possível concluir que na avaliação da resposta ao broncodilatador, para além da análise do FEV1 e da FVC, outros parâmetros devem ser tidos em consideração, tais como o débito expiratório máximo entre 25% e 75% da capacidade vital, o volume residual, a capacidade inspiratória e a resistência das vias aéreas (Raw). Estes parâmetros sofrem alterações significativas mesmo quando não se verifica na espirometria uma resposta positiva ao broncodilatador. Constatou-se que o FEV1 não é o parâmetro que melhor se correlaciona com a sintomatologia ou com a qualidade de vida, mas sim a Raw e os parâmetros que avaliam direta ou indiretamente a hiperinsuflação pulmonar.
Carina Neves
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Diana Fernandes
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Nuno Raposo
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental - Hospital de Santa Cruz
Raquel Barros
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa; Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Pulido Valente